Sofia Brant
“O que não tem começo nem fim; o desconhecido. Tudo o que é desconhecido é infinito.”
Reconhecendo a grandeza do Universo e o a noção de “infinito” proposto pelo homem, Kardec pede a orientação aos Espíritos quanto a esse tema, visto que falar de Deus é também falar sobre sua maravilhosa e grandiosa obra, sobre a criação divina.
Os Espíritos, sabiamente, respondem ao codificador espírita que o infinito pode ser descrito como “aquilo que é desconhecido pelo homem”, quer dizer, a parte da criação de Deus que os Espíritos da Terra ainda não possuem completa compreensão por suas limitações materiais e intelecto-morais. Portanto, concluímos que chamamos de “infinito” àquilo que Deus criou e que ainda não conseguimos mensurar, sentir ou conceber neste plano terrestre.
“Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas.”
Quando Kardec pergunta aos Espíritos “que é Deus” ao invés de “quem”, já dá um passo ousado e à frente de sua época. Para que a razão fosse capaz de alcançar uma mínima compreensão da Divindade, foi necessário assumir que Deus não é um homem. Diante da vastidão do Universo e da diversidade dos povos que habitam incontáveis planetas, é orgulhoso da parte do ser humano pensar que Deus assume uma forma também humana.
De acordo com a resposta dos Espíritos, Deus é o princípio de tudo, é a maior inteligência existente de toda a eternidade. Cristo nos apresentou, de forma simbólica, Deus como nosso Pai, para que compreendêssemos sua figura misericordiosa e sua inabalável potência criadora de tudo o que existe e passa a existir a todo instante, visto que Ele não para de criar.
Como ainda não conseguimos compreender essa essência de forma mais precisa pela nossa imperfeição intelecto-moral, eis que devemos senti-Lo tocar toda a criação. Soberanamente Justo e Bom, fonte de todo Amor e Perfeição, presente em todas as partes, conhecedor de todas as coisas. Se não podemos “visualizar”, que possamos sentir em toda forma de amor que vivenciarmos, em toda trajetória pautada no Evangelho do Cristo. Um dia, por fim, conheceremos a grandiosidade do Pai de forma profunda e real.